Uma das áreas do nosso planeta onde o conflito entre grupos étnicos, políticos e religiosos está presente mais continuadamente e há mais tempo é o Médio Oriente.
Assumiu-se que tal facto se deve à existência de petróleo e à necessidade de controlar a sua produção. Posso admitir que esta justificação constitui uma forte fatia das motivações conflituais. Todavia, há uma outra que, para os povos envolvidos, é francamente mais dolorosa: a existência do Estado de Israel.
Realmente, quando o sentimento de culpa colectivo dos Europeus e Americanos, por terem consentido o holocausto desencadeado por Hitler e os nazis contra os Judeus, se manifestou, no final da 2.ª Guerra Mundial, permitiu que se imaginasse possível a criação de uma pátria, na Palestina, para o Povo Eleito de Deus, exactamente no mesmo espaço onde estavam instalados, havia quase dois milénios, comunidades muçulmanas e judaicas que conviviam pacificamente.
Fraca solução imposta por quem não tinha a experiência do entendimento da História no Velho Continente. De facto, gerou-se o desequilíbrio total na região, não só por colocar, agora, um outro povo na vivência errante, como também por acirrar os ódios religiosos.
Toynbee denunciou isto mesmo no final da década de 40 do século passado. Os Ingleses aperceberam-se do erro tremendo que estavam a cometer, mas a Grã-Bretanha tinha saído da guerra como a «grande vitoriosa derrotada»: a maior fatia de poder mundial tinha passado para as mãos dos EUA e, desta vez, os políticos americanos não iam recolher-se ao seu continente como haviam feito no fim da Grande Guerra, em 1918.
A grande interrogação que todos nós, Europeus, devemos deixar correr coloca-se numa simples frase: — Saberão os Americanos conduzir a política universal?
Os sucessivos fracassos, disfarçados de vitórias — desde a Coreia ao recente Iraque — parecem apontar para uma resposta verdadeiramente negativa. Negativa, por junção da arrogância com a ignorância, da boçalidade com o novo-riquismo.
Assumiu-se que tal facto se deve à existência de petróleo e à necessidade de controlar a sua produção. Posso admitir que esta justificação constitui uma forte fatia das motivações conflituais. Todavia, há uma outra que, para os povos envolvidos, é francamente mais dolorosa: a existência do Estado de Israel.
Realmente, quando o sentimento de culpa colectivo dos Europeus e Americanos, por terem consentido o holocausto desencadeado por Hitler e os nazis contra os Judeus, se manifestou, no final da 2.ª Guerra Mundial, permitiu que se imaginasse possível a criação de uma pátria, na Palestina, para o Povo Eleito de Deus, exactamente no mesmo espaço onde estavam instalados, havia quase dois milénios, comunidades muçulmanas e judaicas que conviviam pacificamente.
Fraca solução imposta por quem não tinha a experiência do entendimento da História no Velho Continente. De facto, gerou-se o desequilíbrio total na região, não só por colocar, agora, um outro povo na vivência errante, como também por acirrar os ódios religiosos.
Toynbee denunciou isto mesmo no final da década de 40 do século passado. Os Ingleses aperceberam-se do erro tremendo que estavam a cometer, mas a Grã-Bretanha tinha saído da guerra como a «grande vitoriosa derrotada»: a maior fatia de poder mundial tinha passado para as mãos dos EUA e, desta vez, os políticos americanos não iam recolher-se ao seu continente como haviam feito no fim da Grande Guerra, em 1918.
A grande interrogação que todos nós, Europeus, devemos deixar correr coloca-se numa simples frase: — Saberão os Americanos conduzir a política universal?
Os sucessivos fracassos, disfarçados de vitórias — desde a Coreia ao recente Iraque — parecem apontar para uma resposta verdadeiramente negativa. Negativa, por junção da arrogância com a ignorância, da boçalidade com o novo-riquismo.
Para onde vai a Humanidade?